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Alimentação afetiva tem nome: COMFORT FOOD

Hoje cedo foi ao ar a nossa entrevista na Rádio CBN sobre “Alimentação Afetiva” no quadro Vida Longa CBN. Foi um tema bem oportuno visto que é véspera de Natal e nos reunimos em torno da mesa, compartilhando esse momento com pessoas que amamos e que nos traz tantas memórias.

Antes de começar a falar sobre o assunto, compartilharei o link da entrevista aqui para quem tiver interesse em ouvir: https://www.cbnvitoria.com.br/vida-longa-cbn/memoria-afetiva-e-sabores-por-que-comida-da-avo-faz-tao-bem-para-a-saude-1222

Agora vamos lá! O conceito de “Comfort Food” refere-se ao alimento que fornece um valor nostálgico ou sentimental a alguém, e pode ser caracterizado por alto teor calórico, alto nível de carboidrato ou pela simplicidade na preparação. Tal sentimento nostálgico pode ser específico para um indivíduo ou pode se aplicar a uma cultura inteira.

Experiência pessoal: moro nos EUA e é muito comum reunir com amigos brasileiros e preparar comidas típicas do Brasil. A sensação de “estar em casa” vem como forma de abraço. Percebo que quando estou mais para baixo ou até mesmo na tpm, quero preparar uma fornada de pão de queijo com um cappuccino quente que era exatamente um ritual que eu tinha com a minha mãe, e novamente, me sinto acolhida.

Como a Nutrição Comportamental vê a questão afetiva com a alimentação.

A Nutrição Comportamental acredita que não só aquilo que se come mas também a forma como se come, pode ter grande influência na sua saúde. Por exemplo: comer rápido demais pode não ser saudável e trazer desconfortos, assim como não prestar atenção na comida e no próprio ato de se alimentar. Quem é que vai duvidar que aquele prato com sabor de infância, degustado com muito prazer e bons sentimentos, não vai fazer um bem danado à saúde?

Nunca vou esquecer de um professor indiano que eu tive no curso de Ayurveda dizendo que a comida é muito sensível à energia e por isso a forma como foi obtida e preparada é muito importante. É importante consumirmos comida caseira sempre que pudermos, mesmo que seja algo simples. Já percebeu que comemos cada vez mais fora de casa ou alimentos industrializados, e estamos cada vez mais ansiosos e com sintomas provenientes de uma má digestão? A comida caseira é melhor pois é feita com amor. É extremamente importante pensarmos no tipo de energia que estamos colocando para dentro do nosso corpo, seja ela espiritual para quem acredita ou relacionada aos ingredientes presentes naquela refeição. Em muitas culturas a comida é considerada um ritual sagrado.

De qualquer forma na Nutrição Comportamental acreditamos que podemos comer de tudo, porém de forma equilibrada e presente. Acreditamos que o equilíbrio é a chave para uma vida mais leve, saudável e feliz.

Como a Nutrição Comportamental vê essa questão familiar.

A comida lá de casa, da mãe, da avó e da tia, aquela que remete à infância e às coisas mais simples e deliciosas da vida, é exatamente o tipo de comida que mexe com as memórias e traz a sensação de bem-estar, de ser cuidado, e está totalmente ligada à infância.

Nosso cérebro nos dá recompensas quando comemos o que gostamos. Isso veio à tona, acredito, pelo fato de estarmos cada vez mais ocupados, sobrecarregados e lidarmos constantemente com a ansiedade. A comida acaba sendo a forma mais rápida de prazer, exatamente por mexer com essas memórias e sensações de forma imediata.

É necessário ter cuidado para que isso não vire um ciclo vicioso de recompensa diante dos desafios da vida, onde o alimento que nos conforta ocupa espaço de sentimentos que não sabemos lidar. Hoje muitas pessoas não sabem diferenciar a fome da vontade de comer. A vontade de comer está totalmente relacionada à uma fome emocional, onde o prazer está acima do nutrir.

Existem alimentos que impactam mais nessa relação emocional.

Como a comida é essencial para a nossa sobrevivência, nosso cérebro nos recompensa por comer, liberando substâncias químicas que nos fazem sentir bem. Contudo, como todo mundo que já experimentou um bolo de chocolate sabe, açúcar podem nos fazer sentir ainda melhores. Quando me refiro ao acúcar, quero dizer carboidratos de forma geral. Carboidratos aumentam níveis de serotonina no cérebro, neurotransmissor conhecido como “hormônio da felicidade”. Após comer esses alimentos, nos sentimos calmos. Um estudo descobriu que pessoas sensíveis ao açúcar – que podem detectar esse sabor em pequenas concentrações ou que são apaixonadas por açúcar – têm maior recompensa cerebral como resposta às comidas açucaradas do que as que não gostam tanto assim de doce.

Existe um alimento específico ou uma refeição que lhe traz esses sentimentos?

Nutricionista Brasileira nos Estados Unidos

Beatriz Gaudio

Nutricionista com formação em Educação Física, especializada em Nutrição Clínica e Esportiva, Coaching em Nutrição Comportamental, Terapeuta Ayurveda e Colunista @30tododia. Residente na Califórnia (EUA) – referência mundial em saúde e qualidade de vida – atendo pessoas do mundo inteiro. Nos Estados Unidos carrego o título de Health Coach pelo renomado Institute for Integrative Nutrition, baseado em Nova York.
Nutricionista Brasileira nos Estados Unidos

Sobre Mim

Nutricionista com formação em Educação Física, especializada em Nutrição Clínica e Esportiva, Coaching em Nutrição Comportamental, Terapeuta Ayurveda e Colunista @30tododia. Residente na Califórnia (EUA) – referência mundial em saúde e qualidade de vida – atendo pessoas do mundo inteiro. Nos Estados Unidos carrego o título de Health Coach pelo renomado Institute for Integrative Nutrition, baseado em Nova York.

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